Porque descobri sermos feitas de líquido que vaza mas não se esvai
Foi necessário que eu adentrasse o abandono do cômodo repleto de folhas de papel amareladas espalhadas pelo chão.
Foi necessário ouvir o cric-créc-crac dos passos apressados sobre folhas secas banhadas em lágrimas e líquido purulento visceral.
Foi necessário que o alarme tocasse alto, em meio a risadas, colocações magistralmente pontuais, referências transpirando por todos os poros, um chá verde, um chá de substâncias amnésticas e um suco de morango porque de goiaba não tinha.
Foi necessário um esbarrão e três encontros.
Para que se percebesse que ainda há vida e muita vontade.
Que ainda existe algo a escorrer pernas abaixo.
1 Comments:
Olá! Acabei não indo para o Rio. Peguei uma virose dos infernos e queimei de febre por lá... Vou postar uma suposta correspondência entre o Henry Miller e a Mona e te avisarei para você ler. Um beijo! Thais
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