5.29.2007

Porque descobri sermos feitas de líquido que vaza mas não se esvai


Foi necessário que eu adentrasse o abandono do cômodo repleto de folhas de papel amareladas espalhadas pelo chão.

Foi necessário ouvir o cric-créc-crac dos passos apressados sobre folhas secas banhadas em lágrimas e líquido purulento visceral.



Foi necessário que o alarme tocasse alto, em meio a risadas, colocações magistralmente pontuais, referências transpirando por todos os poros, um chá verde, um chá de substâncias amnésticas e um suco de morango porque de goiaba não tinha.


Foi necessário um esbarrão e três encontros.

Para que se percebesse que ainda há vida e muita vontade.
Que ainda existe algo a escorrer pernas abaixo.

1 Comments:

Blogger Mona said...

Olá! Acabei não indo para o Rio. Peguei uma virose dos infernos e queimei de febre por lá... Vou postar uma suposta correspondência entre o Henry Miller e a Mona e te avisarei para você ler. Um beijo! Thais

3:35 PM  

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