11.09.2007

...

Sua mente balbucia palavras na velocidade e inconstância dos caminhos percorridos pelas notas de Franz Liszt.
Ela desce a escadaria formada pelas teclas de piano vertiginosamente.
Essa vertigem. É isso. Vertigem. É vertiginosa. Nunca antes havia pensado num adjetivo que tão perfeitamente a descrevesse. Porque vertigem remete à doença. À angústia. A esse seu fôlego tão inconstante quanto desesperado. Àqueles olhos de musa do expressionismo alemão.

Ela deseja continuar mas se priva. Congela ao deparar frente a frente com a possibilidade.

Ela deseja continuar mas é tão cansativo.

Não há explicação agora. Não agora.
Haverá. espero.